Postagens em Inglês ***Posts in English***
Um abraço a todos.
Rafael de Araújo
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Biggest part of the posts in the blog will be pubished in english, to peoples of any place can read the content too. The title will be posted in english too, between three asterisks (*** ***). The posts in english will be in italic letter and in red color, as in here. It gives me a lot o work, but is the prize of globalization.
Best of regards to everyone.
Rafael de Araújo
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Seguidores - Capítulo III - Parte 1 ***Followers - Chapter III - Part 1***
A chuva é torrencial, e não cede o dia inteiro. As luzes coloridas do centro da grande cidade não esmorecem nem mesmo com a chuva. Passam das onze da noite nesta sexta-feira e as boates ao redor do centro de Tókio estão repletas de diversão. Os jovens, muitos encorajados pelo êxtase, droga muito comum, atacam as garotas sem rodeios. Algumas, que usam a mesma substância, cedem imediatamente. Outras, que não fazem o mesmo, chegam a ser agredidas pelo seleto grupo de homens. Apenas três, mas o suficiente para já ter feito confusão em outras três boates, apenas esta noite. Após uma bela confusão, eles seguem para a quinta, e última, boate da noite. O nome da boate: Oyasuminasai.
Chapter III - Part 1
The pouring rain don't yeld. The coloured lights of the big city's center doesn't fail even with all the rain. It passes from eleven in that friday and the night clubs around Tokyo's center are ful of fun. The youngs, much of then encouraged by extasy, a commom drug, atack the girl indiscretly. Some of the girls, who uses the same drugs, submit imediately. Others, that don't do the same, suffer agressions from the small group of men. They are only three, but enough to create troubles in other three night clubs, in the same night. After a great trouble because of the agressions, they follow to the fifth, and last, night club. The name of the night club: Oyasuminasai.
Sinceras desculpas!
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
"Contradição: um pouco de mim, um pouco de ti, um pouco de nós."
A humanidade passará o resto de sua existência pensando sobre isso e chegará numa resposta única, ecoando em uníssono pelos corações e mentes atormentadas: "Tudo!".
No entanto "Tudo!" é uma resposta inacreditavelmente óbvia. Jamais poderemos ter plenamente tudo o que desejamos, ou que consideramos importante. Se alguém me pergunta hoje o que é mais importante na minha vida, respondo sem hesitar: "Minha família!". Mais precisamente minha esposa e filhos. Penso neles o tempo inteiro, como uma idéia redundante, que não me deixa por um só momento. Mas é da idéia fixa neles que vem o medo, puramente humano, de não poder dá-los aquilo de que precisam. Infelizmente, nós, seres humanos, só temos certeza de que as coisas estão bem quando podemos senti-las. Quando elas são palpáveis! Estar presente na vida daqueles que mais amamos, suprindo-os de amor, compreensão, amizade, atenção, e tudo o mais de melhor que podemos dar nunca nos mostrará o quanto isso é importante, mesmo sabendo-o. Queremos estar presentes, dar atenção, amor, carinho. Mas, ver que eles têm tudo aquilo de que precisam como estudar em uma boa escola, ter um bom carro, ver sua esposa ter aquela jóia que desejava, ou mesmo levar seus filhos à Disney é algo muito mais palpável. O coração humano vive em contradição.
Dar tudo o que desejamos, da forma como o desejamos é humanamente impossível. Pelo menos no mundo em que vivemos nos dias de hoje. A contradição mora em nossas almas, e nos corrói completamente se não soubermos lidar com ela. A contradição é cruel, e a cada vez que me vejo longe daqueles que amo, eu me sinto vazio. O trabalho e as realizações profissionais e pessoais não têm mais valor algum. Tudo fica sem cor e sem brilho, pois longe daqueles a quem amamos nada, absolutamente nada, tem sentido!
"Contradição". Essa palavra arrasa nossos corações quando percebemos que ela nos está corroendo. Tenho sentido-a como se sente a uma dor insuportável. O mal dos humanos. O mais grave deles!, ouso dizer.
Nada na vida de um ser humano é mais doloroso do que falhar! E lutamos inutilmente contra isso. Alguns poucos afortunados o conseguem, mas cite-me algum, porque eu não os conheço. Sei que existem, porque a vida seria insuportável sem que houvesse uma mínima chance de vencer a contradição. No entanto essa é uma fórmula revelada apenas a alguns raríssimos afortunados. Iremos nos arrepender, sim! Não importa as decisões que o ser humano tome. Tudo se resume ao simples fato de que cada destino que escolhermos significa abrir mão de outro que poderíamos ter trilhado. Obviamente, para cada decisão colocamos o coração à frente, porque ele sabe o que pode suportar, pensamos. Em Ciências Econômicas esse fato é conhecido como "Custo de Oportunidade", e nada mais é do que aquilo que deixamos de lado quando fazemos nossas escolhas.
A contradição se revela em cada um de nós. No momento do último suspiro de cada um, pensamos apenas duas coisas:
1 - Para aquele que escolheu suprir a família das coisas materiais: "Falhei, pois deveria ter ficado mais tempo com aqueles que amo. Tive tudo, mas não tive nada”
O trabalho nos consome, e na hora que tudo vai acabar temos a certeza de que erramos, porque nesse plano nossos corpos podem deixar de existir, mas o amor que semeamos na nossa família será eterno. Essa é uma verdade incontestável!
2 - Para aqueles que têm a família acima de qualquer coisa material: "Nunca fui ninguém na vida! Vou morrer e sequer serei lembrado. Não sou ninguém!"
Não importa o que façamos tudo é esquecido quando um homem sabe que não passou de um homem como qualquer outro. O amor foi importante, mas nos sentimos fracassados. O mundo girou, e nós ficamos para trás. Giramos com o mundo, mas não fizemos nada para o mundo girar. Pensamos. O amor que semeamos no seio da família é incontestavelmente infinito e eterno, mas o fracasso como ser humano também nos parecerá eterno. Essa é outra verdade incontestável!
Enfim o homem não consegue ser plenamente feliz. Não sabe realmente o que lhe faz feliz. Pensa que é um caminho, mas sente falta do outro. Decide-se pelo outro, mas sempre sentindo falta do um. As respostas estão além daquilo que posso compreender, mas estou a lutar dia e noite contra a contradição. Sinto-a às vezes mais forte do que eu, mas às vezes sinto as energias renovadas e estou mais forte que ela. No entanto, mesmo quando me sinto plenamente satisfeito e decidido, lembro-me que, lá no fundo da minha alma, algo está faltando. Que minhas certezas são incertezas, e que minhas incertezas são sempre certas e presentes. O coração sofre, incapaz de tomar um rumo, pois qualquer de suas decisões implicará em sofrimento. Qual dos sofrimentos será o menor: o de se decidir por um caminho, ou pelo outro. Meu coração parece olhar-me fixamente clamando por uma resposta. Eu olho-o de volta, esperando que ele me responda, mas ele está tão confuso quanto minha mente. É como andar no escuro, incapaz até mesmo de ouvir. Uma luz seria bem vinda, mas de onde ela poderia surgir... de onde..."
"Contradição: um pouco de mim, um pouco de ti, um pouco de nós."
Rafael de Araújo
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Seguidores - Capítulo II - Parte 7 ***Followers - Chapter II - Part 7***
A mulher acorda ainda um pouco tonta devido à pancada que levara. O dia já está amanhecendo e ela vê que Orlando está sentado no banco da frente. Ela treme de medo, mas logo percebe que algo está errado. Ela abre a porta do carro rapidamente e sai correndo. Ela corre para longe do carro, mas percebe que Orlando sequer se mexe. Ela volta lentamente para perto do carro e vai seguindo pra frente do carro. Ao chegar lá ela leva as mãos à boca e deixa apenas um grunhido de horror escapar. Logo depois ela tenta andar e cai, desmaiada. No peito de Orlando existem apenas dois enormes buracos, um em cada lado. Sua boca está aberta, como se ainda gritasse.
The woman wake up and her head turns because of the hit she took. She sees that the morning is already coming and that Orlando is sitting in the car, on the front. She shakes of fear, but realizes that something is very wrong there. She opens the door very fast and run away from the car. She runs as fast as she can, but she realizes that Orlando don’t even moves. She go back in the direction of the car, slowly. She goes to the front of the car. When she get there she leads the hands to the mouth and let only a little grunting of horror to escape. She tries to run… to walk… but her legs don’t answer and she falls in the ground, dismayed.
On the chest of Orlando there are two huge holes, one in each side of his chest. His mouth is opened, as if he were still screaming.
Olhando nosso Brasil ***Looking to our Brazil***
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Vinícius de Moraes morreu no ano em que nasci. E acredito que se estivesse vivo hoje, se veria obrigado a reescrever a letra desta música, para retratar nosso país. País que ajudamos a “construir”. Nós, cidadãos omissos e acomodados. A música seria: “Rosa Brasileira”, e a letra:
Pensem nos adultos
Mudos telepáticos
Pensem nas meninas
Sujas abusadas
Pensem nas mulheres
Vítimas caladas
Pensem nas feridas
Como rosas ordinárias
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa brasileira
Não hereditária
A rosa hipócrita
Estúpida e fraca
A rosa adoentada
A anti-rosa tácita
Sem força sem garra
Sem rosa sem nada
Espero que Vinícius de Moraes não esteja contemplando o que fazemos ao nosso país de onde ele estiver. Pois, seus contemporâneos vivos, perante tal fraca sociedade, veêm-se sem força... sem rosa... sem nada.
Rafael de Araújo
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Seguidores - Capítulo II - Parte 6 ***Followers - Chapter II - Part 6***
A voz sussurrada por aquela figura parece penetrar a cabeça de Orlando e ele solta um grito de terror. Ele atira todas as balas que a arma possui, mas a figura continua imóvel. Então ele fecha o vidro rapidamente, mas a voz daquela figura sinistra continua a ecoar na sua mente.
- É chegada a hora...
Um sussurro sombrio é a voz daquela figura ali ao lado do carro. Orlando não vê seu rosto e isso o leva ao desespero. Então ele vê que algo “brota” das costas daquela figura. Asas negras se projetam das costas daquele ser sinistro e Orlando vai para o banco do outro lado do carro. Ele pode ver as mãos daquele ser quando ele as coloca no vidro carro, lentamente. Unhas negras e dedos muito longos aterrorizam Orlando. Então ele escuta uma leve batida no vidro do carro do lado onde ele está agora. Ele vira-se e dá de cara com aquela figura sinistra, que agora está do outro lado do carro, com o corpo levemente inclinado pra frente de forma que mostra seu rosto. Um rosto que seria belo se não fosse pelo fato de os olhos serem completamente negros, dando a impressão de que não tem olhos. Orlando solta um grito aterrorizante que pôde ser escutado pelo grupo de góticos que passara por ali há pouco. Mas eles não dão muita atenção. Apenas sorriem um pouco e seguem andando, bebendo e sorrindo.
The whisper of that figure seems to invade the head of Orlando and he screams a terrifying scream of horror. He shoots all the bullets that are in the gun, but that figure continues standing there, immovable. Then he closes the glass rapidly, but the voice of that strange figure continues to echoes in his head.
- The time has come…
A dark whisper is the voice of that figure. Orlando can’t see his face and this leads him to despair. Then he sees that something grows from the back of that figure. Black wings opens and Orlando jump to the other side of the car. He can see the hands of that figure when he puts them in the glass of the car, slowly. Dark and enormous nails are in the long fingers of his hands and it scares Orlando almost leading him to despair. Then he listen a small hit in the glass behind him. He turns fast and then face that figure that is now in the other side of the car, with his face in the glass. A face that would be beautiful, if the eyes don’t be completely black, looking as if there were not eyes in his face. Orlando screams loud a terrifying scream that was heard by the group of gothic’s long ahead. But they don’t give attention to that. They only smile a little and continue walking, drinking and laughing.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Seguidores - Capítulo II - Parte 5 ***Followers - Chapter II - Part 5***
Orlando toma um enorme susto quando vê que um grupo de aproximadamente dez pessoas se aproxima, com enorme algazarra. Ele então puxa a mulher e a coloca no carro novamente, dessa vez no banco de trás. Ela olha desesperadamente para o grupo, na esperança de que eles a vejam. Mas Orlando acerta sua cabeça com a arma e ela desmaia.
O grupo se aproxima cada vez mais e ele se apressa em ligar o carro e sair dali. Ele tenta várias vezes, mas o carro não liga de jeito nenhum. Ele tenta acordar a mulher para saber se existe algum segredo, mas ela não acorda. Ele então olha para o grupo, que agora está a menos de dez metros dali e percebe que todos se vestem de preto. É um grupo de góticos e isso o deixa mais tranqüilo. Góticos não se preocupariam em saber sobre aquele homem ali parado. Bastava que ele ficasse dentro do carro. E é isso que ele faz. O grupo passa do outro lado da pista, com uma garrafa de vinho nas mãos de um deles, que era dividida com todos os membros do grupo. Eles falam alto e estão se divertindo ao seu modo. Orlando acompanha o grupo com os olhos, um pouco nervoso e com a arma pronta para ser disparada em uma das mãos. O grupo vai se afastando lentamente, e Orlando está com os olhos fixos neles. Ele olha pra frente e não percebe a figura que está do outro lado da rua. Ele se assusta e aponta a arma para aquela figura.
Orlando não consegue ver seu rosto, porque a figura tem longos cabelos dourados que são quase completamente brancos de tão claros, que lhe encobrem o rosto. Orlando abaixa o vidro da janela lentamente.
- Quem é você?
Não há resposta. A figura do outro lado da estrada está imóvel, com a cabeça ligeiramente abaixada. Mas Orlando tem a sensação de que aquela figura o observa por detrás daqueles cabelos dourados. Então ele atira duas vezes contra aquela figura. Durante os dois tiros ele pisca os olhos por causa do impacto do disparo. É tempo suficiente para aquela figura que estava do outro lado da estrada se postar ao seu lado, do lado de fora do carro.
- É chegada a hora...
Orlando gets scared when see a group of around ten peoples approaching making a great noise. The he push the woman back to the car, this time in the back side. She looks desperately to the group, hoping then to see her. Bur Orlando hits her head with the gun and she dismay.
The group approaches slowly and he hurry in turning on the car and leave. He tries many times, but it is useless. The car is completely “dead”. He tries to awake the woman to know if there is any secret to turn the car on, but she continues dismayed. Then he looks to the group, that is less than ten meters from the car and he sees that everybody there wears black clothes. He realizes they are a group of gothic’s and this makes him to calm down. A group of gothic’s wouldn’t care about what he was doing there at that time of down. He just needed to stay inside the car. And this is what he do. The group passes in the other side of the road, one of them have a wine bottle in the hand that was shared with everybody in the group. They were speaking loud and having fun in their way. Orlando watches the group with his eyes, a little nervous with the gun ready to shoot anyone who dared to approach. But the group goes away slowly and Orlando keeps the eyes fixed on them. He looks ahead and don’t see a weird figure in the other side of the road. When he sees he gets awfully frightened when he sees that figure. Then he points the gun to that figure.
Orlando cannot see the face of that figure that looks like a man. That man haves a long golden hair so clear that is almost completely white and covers his face. Orlando low the glass of the car’s window slowly.
- Who are you?
There is no answer. The figure in the other side of the road is immovable and with the head down. But Orlando had a feeling that the man could watch him from the back of that hair. The Orlando shoots twice against the man. During the shots he blinks and the time during the blink was enough to that weird man to be right by his side, in the outside of the car.
- The time has come…
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
"Ô Mano" - Reflexão sobre a postagem do Blog da Jana, por Jana Lauxen! ***"Ô Bro" - A reflection about the post on Blog da Jana, by Jana Lauxen!***
Vinte anos se passaram desde então. Tenho um carro, moro em um apartamento em um bairro nobre de Olinda em Pernambuco. Trabalho em uma empresa enorme e tenho um salário que seria necessário multiplicar o que meu pai ganhava de aposentadoria, quando vivo, por pelo menos seis vezes! Muito bom não? É, mas os vinte anos que separaram a fome da mesa farta que posso ter foram longos...
Meus filhos não passarão pelo que passei, se assim o desejarem. Trabalho e penso neles à cada instante. Boa educação eles terão. Eu não tive! Incentivo eles terão. Eu não tive! No entanto, digo-lhes que isso jamais será o suficiente! Conheço infelizes que tem tudo o que querem, mas não aproveitam nada! Ou estão presos, ou mortos, ou em alguma clínica para drogados!
Trabalhei e estudei como um condenado que sobe com pesos maiores que sua força por uma longa ladeira, em direção ao topo. Doeu sim! Minha filha? Não pude aproveitar seu primeiro ano de vida como desejei. Via-a à noite, quando chegava da faculdade... dormindo. Quando saía pela manhã e ela estava acordada... viva! Ficava feliz da vida. Mas tinha logo que partir, olhando seu primeiro sorriso para mim, com olhos rasos d'água. Enfrentava logo então um chefe que, puta que o pariu! Precisei passar sete anos, ganhar uma bela cirrose e uma quase Síndrome do Pânico, pra poder chutar o pau da barraca, e seguir meu destino. Sábia decisão a minha. Bem, a faculdade terminou, fiquei seis meses desempregado, mas trabalhando e estudando, Deus sabe como! Um dia vi minha filha ficar sem leite pra comer... Olhos rasos d'água mais uma vez. O sentimento de ter sido derrotado pela vida... pelas dificuldades. Força! Claro, seu filho da puta! Força! Levante-se daí e vá trabalhar mais ainda! O que você faz é pouco! Vamos, estude! Chore! Trabalhe! E tudo isso passou...
Aí hoje li o blog da Jana (http://janalauxen.blogspot.com/). Uma postagem com o título "Ô Mano", incendiou essa chama que há muito se apagara em mim. Tudo pelo que passei, porque tive coragem o suficiente, assim como muitos de nós não foi em vão. Agora vêm aqui, na porta do meu carro um garoto, jovem, saudável dizendo-me: Ô tio, me dá um trocado aí pra alimentar a família...
Eu escuto aquilo e digo que não tenho, mas ele insiste. Não tem emprego; não teve oportunidades; vive na favela; não tem um dedo; é filho de gente pobre; o governo não ajuda....
MAS VÃO TOMAR NO OLHO DO SEU C.........................................., PORRA!
Hoje vejo gente sofrendo, porque teve uma vida inteira como foi a minha um dia e de repente, BUM! Vem uma chuva da casa do cacete! E tudo se vai, embaixo da lama de uma merda de uma encosta que caiu. Aí sim, meu amigo, eu te ajudo. Partilho o que tenho! E ainda assim, eles trabalham duro para ajudar outras pessoas! Pessoas que também trabalharam como nós! Pessoas que estudam e perdem a oportunidade de ficar com os filhos, entregando-os à educação de terceiros. Somos guerreiros e não devemos nos curvar à pena que sentimos ao ver um jovem que não teve oportunidades! A oportunidade é criada apenas por nós mesmos! Então:
LEVANTA O RABO DESSE CHÃO SUJO, JOGA FORA ESSA MERDA DESSA GARRAFA DE CACHAÇA, DESSA COLA, PORRA! COMEÇA A VARRER O CHÃO ONDE SENTAS, E TUDO O MAIS É CONSEQUENCIA!
Seguidores - Capítulo II - Parte 4 ***Followers - Chapter II - Part 4***
Foi mais fácil do que Orlando pensava. A mulher estava muito mais ansiosa para encontrar alguém do que ele. Ela lhe falara o nome, mas ele não se importou em escutar. Ao saírem ela o leva até um local onde há vários carros estacionados. Ela aperta o botão do alarme e uma Mercedes pisca as luzes logo à frente. Orlando sorri de alegria. Seus problemas estariam resolvidos em alguns minutos.
A mulher entra no carro, conversando sobre várias coisas. Ele apenas sorri, concordando com toda e qualquer opinião que a mulher tenha. Eles seguem com o carro, passando em frente à prefeitura da cidade pouco depois. Logo mais à frente eles entram à direita em um sinal, andando por uma pista que beira o rio, e os manguezais que o rodeiam. A mulher está radiante, e segue com a intenção de ir à um motel. Ela toma um grande susto quando o homem sorridente ao se lado ordena que ela pare o carro ali mesmo, naquele lugar desértico e muito perigoso.
- Não estou entendendo. – Fala a mulher.
Orlando mostra-lhe então uma pistola prateada e a mulher começa a chorar. Ele ordena que ela se cale e pare o carro. A mulher obedece e para logo à frente. Ele toma a bolsa da mulher das mãos dela e ordena ela a tirar todas as jóias. A mulher chora copiosamente, pedindo pra ele não fazer nada com ela. Ele sorri, um sorriso sarcástico. Ele sente prazer em ver o desespero no rosto daquela mulher. Ela tira rapidamente as jóias com suas mãos trêmulas. Quando ela termina ele pega as chaves do carro e desce, seguindo para a porta do outro lado. Ele abre-a e puxa a mulher com força, fazendo-a cair no meio da estrada. Nenhum carro passa por ali. Ela levanta-se. Ele bate na nela com a arma e ela cai novamente no chão. Então ele aponta a arma para a cabeça da mulher.
Chapter II – Part 4
It was easier than Orlando thought. The woman was much more anxious to find someone than him. She told him her name, but he doesn’t cares about hearing that. When they leave the bar she takes him to a place where many cars are parked. She presses the button of the car alarm and a Mercedes bright the lights right ahead. Orlando smiles of happiness. His problems would be probably resolved in some minutes.
The woman enters in the car, talking about a lot of things. He only smiles and agrees with any option she have. They follow, in the car, passing in front of the city hall. A little more ahead they go to the right in a road that haves the river right by side. the woman is flushed with joy and have in her head the intention to go to a motel. She gets awfully frightened when the smiling man by her side orders her to stop the car immediately in that desolated and dangerous place.
- I’m not understanding. – Says the woman.
Then Orlando shows her the silvered gun he had and the woman begins to cry. He orders her to shut up and to stop the car. The woman obey and stops right ahead. He takes her bag and orders her to give him all the jewels she wears. The woman cries copiously, asking him to make no harm for her. He laughs a sarcastic laugh. He feels a great pleasure when he sees the despair in the woman’s face. She gives him, rapidly, all the jewels with the shaking hands. Then he gets the keys of the car and get off going to the other side of the car where the woman is sitting. He open the door and pulls her violently, making her fall in the road. None car passes by there. She stands up and he hit her with the gun. She falls again in the road. Then he points the gun to her head.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Concurso Literário - Ficção Científica ***Literary Competition - Science Fiction***
Seguidores - Capítulo II - Parte 3 ***Followers - Chapter II - Part 3***
Seus olhos estão ávidos por uma vítima, mas não é fácil encontrá-la. Muitas pessoas estão acompanhadas e isso dificulta muito o trabalho. Orlando quer um alvo que ele possa, de certa forma, manipular. Levar a um local tranqüilo onde ele possa fazer o que quiser sem que haja interrupções. Ele observa atentamente cada lugar. Entra em vários bares à procura de alguém que se encaixe no perfil que ele procura. Toma alguma coisa, tentando puxar conversa com um e outro, mas sem sucesso. A noite vai-se passando e Orlando vai ficando cada vez mais ansioso.
Ele começa apensar em ficar tranqüilo, porque sabe que de qualquer forma ele irá conseguir o dinheiro que precisa. Isso se confirma no momento em que ele entra em um dos bares, já passadas as duas horas da manhã, e encontra uma mulher. Ela parenta ter por volta de quarenta e cinco anos e está claramente à procura de um garotão que possa lhe fazer companhia pelo resto da noite. Orlando já vive pelas noites a alguns anos e possui um olho “clínico” para identificar uma vítima em potencial. Aquela mulher era uma delas. Ele não perde tempo e segue para junto da mulher, sentando ao seu lado no balcão do bar. Ele pede uma cerveja e olha discretamente para a mulher. Ela já o olhava avidamente. Não era bonita, é certo, mas as jóias que ostentava mostravam que era de nível elevado. Orlando conhecia jóias verdadeiras a quilômetros de distância. E aquelas eram jóias muito valiosas.
O garçom do bar traz a cerveja e entrega a Orlando. Ele pega a carteira para pagar a cerveja, mas é interrompido quando a mulher fala de longe:
- Não precisa pagar. Meu bem.
Ele olha para ela e ela faz um sinal para que ele vá até a mesa onde ela está sentada. Ele segue até lá com um belo sorriso no rosto. Conversam por alguns minutos e logo saem do restaurante... de mãos dadas.
Chapter II – Part 3
His eyes were eager for a victim, but it was not easy to find. Many people’s are already with company and it makes much more difficult the “job”. Orlando seeks for a target that he can, somehow, manipulate. To take to a calm place where he could do what he wanted without interruptions. He watches attentively every place. Enters in various bars seeking for someone that fits in the profile he is looking for. He takes some drinks, trying to talk with one or another, but without any success. The time passes and Orlando begins to get every time more anxious.
He begins to realize that must stay calm, because he knows that anyway he will have what he want: money! And this last thought is confirmed in the moment that he enters in a bar, already passed o two in the morning, and he find a woman. She seems to have around 45 years old and she is clearly looking for a boy that could make her some “company” during the rest of the night. Orlando lives in the nights there are years and have a “clinical eye” to identify a potential victim. And that woman was one of them. He don’t lose time and goes to a table closer of the woman. He asks for a beer and looks discreetly for her. She was already looking for him at that time. She was not a beauty woman, of course, but the jewels she was exhibiting showed him that she had much money. Orlando knew about true jewels from miles away. And those were much valuable jewels.
The waiter brings a beer and gives it to Orlando. He gets the wallet to pay it but is interrupted when the woman says:
- You don’t need to pay for that, honey…
He looks for her and she makes a sign for him to go to the table where she is sitting. He walks until there with a cordial smile upon his face. They talk a little during the last 30 minutes and then they go away… holding the hands.
Seguidores - Capítulo II - Parte 2 ***Followers - Chapter II - Part 2***
É noite de sábado e um grande show está sendo apresentado no Marco Zero. Este é o local onde acontecem muitos shows e eventos no Recife. Já passam das onze da noite e muita alegria toma conta das ruas do Recife Antigo. Pessoas sorriem, bebem e conversam sobre tudo. Famílias inteiras estão ali, se divertindo. Os bares nas ruas estreitas estão cheios de pessoas de todas as “tribos”. Estrangeiros, emos, punks, góticos. Todos estão se divertindo do seu jeito. Homens e mulheres à procura de outros homens e mulheres estão de olhos atentos e ávidos para qualquer um que se encaixe no perfil de “aceitável”. Muitas crianças, acompanhadas dos pais e de grande parte da família alegram a noite daqueles que tem o coração puro.
Orlando está entre todos eles. Rondando as rodas, à procura de uma vítima. Os estrangeiros são alvos fáceis, mas desta vez ele procura algo diferente. Ele precisa de muito dinheiro e os estrangeiros já não se comportam como antes. Agora eles andam quase sem dinheiro algum. Apenas alguns trocados para comprar uma cerveja ou um refrigerante. Isso é muito pouco e Orlando sabe disso. As drogas que ele consumira durante a semana deveriam ter sido vendidas e ele as usou. Agora terá que pagar pelas drogas e não possui dinheiro para isso. Alguém terá que pagar por isso. E não será ele.
Chapter II – Part 2
Is Saturday night and a big show is happening on Marco Zero*. This is the place where happens shows and events in Recife. It was already next of midnight and a lot o happiness could to be seen in the streets of Recife Antigo. Peoples laugh, drink and talk about everything. Entire families are there, having fun. Many bars in the streets are full of people of all “tribes”. Tourists, emos, punks, gothic’s. Everybody seems to be happy in their way. Men and women looking for company keep their eyes in continuous hunting for anyone that be, at last, “acceptable”. Many children, with their parents makes the night happier for those with pure heart.Orlando is among them all walking around the “tribes”, looking for his victim. Tourists are easier to get but this time he is looking for something different. The tourists, when not newcomers or when they are with a Brazilian, are almost impossible to robe. And above all Orlando needs mach money this time. The drugs he used during the last week should have been sold by him. Now he will got to pay for the drugs he consumed e he doesn’t have any money for this. Somebody will have to pay for that. And it would not be himself.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Seguidores - Capítulo II - Parte 1 ***Followers - Chapter II - Part1***
O centro da cidade do Recife é muito belo durante a noite. Durante o dia, o corre-corre do dia-a-dia das pessoas ofusca a beleza da cidade. É durante a noite que o mais belo e o mais horrível da cidade se mostra. As cores, a iluminação e o seu jeito colonial conferem ao Recife um ar nostálgico e mágico. As ruas da parte da cidade conhecida como Recife Antigo são uma réplica conservada da cidade de alguns séculos atrás. O rio cortando a cidade, com suas belas pontes criadas para ser, além de uma ferramenta de locomoção, obras de arte que conferem à cidade uma aparência “européia”. O apelido de “Veneza Brasileira” vem, sobretudo, de suas pontes.
É durante as noites recifenses que Orlando aproveita para se dar bem, ao custo de pessoas que acreditam nele. Seu olhar camarada e sua disposição para “ajudar” dão-lhe a impressão de ser uma boa pessoa. É aí onde muitos se enganam. É aí onde muitos perecem e perdem suas vidas. Ele é um seguidor.
The center of the city named Recife is beautiful during the night. Under the sun light the madness of our day by day hides its beauty. Is during the night that what is most beautiful and terrible of the city is shown. The colors, the illumination and the colonial remembrance gives to Recife a nostalgic and magic feeling. The streets of the district named Recife Antigo (Old Recife) are a conserved replica of the city of some centuries ago. The river that cross the city and its bridges, created to be, over and above a tool for locomotion, a work of art that gives the town an European aspect. The byname “Brazilian Venice” comes, above all, from its bridges over the river.
Is during the night of the Recife that Orlando tries to get some advantage, over those who trust him. His friendly eyes and his false disposition to help gives him the looking of a good person. There lies the mistake that many innocent have committed before, and usually lost their lives. Orlando is a follower.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
NOTA - SEGUIDORES ***NOTE ABOUT FOLLOWERS***
Espero que aqueles que acompanham a série estejam gostando do conteúdo. Boa leitura para todos e até o Capítulo II.
Seguidores - Capítulo I - Parte 4 ***Followers - Chapter I - Part 4***
Ninguém ouviu nada naquela noite. Nem mesmo os familiares da Sra. S.. Ao perceber que estava cega e que ninguém havia escutado nenhum barulho ela não conta nada do que ocorrera durante a noite. Ela fora encontrada desmaiada pelo seu companheiro pela manhã. Seus olhos possuíam um tom claro que apenas olhos cegos podem ter.
Depois de perder a visão a Sra. S. deixou de ser mais uma seguidora. Agora ela apenas fazia suas orações e preocupava-se apenas com a sua própria vida. Porque apenas quem enxerga de verdade pode olhar apenas para si mesmo.
Chapter I – Part 4
Nobody heard anything about that in that night. Not even the parents of Mrs. S. When she realized she was blind and that nobody heard anything she never told anyone about what happened in that night. She was found unconscious by her parents. Her eyes had a white color that only a blind eye can have.
After losing her vision, Mrs. S. was not anymore a follower. Now she only used to make her prayers and only cared about her own life. Because only who sees the truth can look only to inside.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Seguidores - Capítulo I - Parte 3 ***Followers - Chapter I - Part 3***
A figura continua a andar pela rua sem se incomodar com a chuva. Seus cabelos movem-se com o vento, parecendo não estarem encharcados com a água da chuva que cai com violência. Aquela figura caminha lentamente até o número 436 da rua 13. Ele pára abruptamente e vira-se em direção àquela residência. Lá dentro a Sra. S. solta suas gargalhadas frenéticas e canta, agora em som mais baixo por causa da hora avançada. Então a figura anda agora em direção à casa. Ele pára bem em frente ao portão e faz um gesto com uma das mãos. O portão abre-se imediatamente. A figura entra na casa e segue em direção à porta, fazendo-a se abrir com o mesmo gesto. Tanto o portão quanto a porta fecham-se logo atrás daquela figura. Agora ele segue em direção ao local onde se encontra a Sra. S..
Um relâmpago muito forte, seguido de um trovão muito alto assusta a Sra. S. e ela se vira, dando de cara com aquela figura. Ela dá passos para trás e tenta gritar, mas aquela figura leva o dedo indicador até o local da boca, mostrado-lhe que ela deve ficar em silêncio. Os olhos dela quase saltam das órbitas de tão assustada que ela está. Ela não consegue ver o rosto daquela figura, o que mais lhe assusta. Ela começa a chorar de medo e leva as mãos à boca.
- Meus Deus... me ajuda...
Agora ela escuta um som vindo daquela figura. O único som que ela emitiria. Uma voz tão grave que fez as pernas da Sra. S. tremerem de tanto medo.
- É para isso que estou aqui... para ajudar...
Então a figura levanta a cabeça e mostra seu rosto à Sra. S., indo em direção a ela, que solta um grito desesperado. Ela pode ver as enormes asas negras abrirem-se rapidamente. Entretanto, um relâmpago tão forte que chega a ser inimaginável brilha repentinamente e não permite que ela veja o rosto daquela figura. Nem nada mais após ele.
The figure continues to walk in the street without to care about the rain. His hair moves with the wind. And even with the rain falling strongly, his hair seems to be dry. The figure walks slowly until the number 436 in the 13th street. When he reaches the number he stops and turns in the direction of that house. Inside there, Mrs. S. laugh and shout, but more silently, because is too quiet to shout so loud as she like. Then the figure walks now directly to the house. He stands right in front of the gate and makes a move with his hand. The gate opens immediately. He enters the house and goes to the door, making it opens with the same hand move. The gate and the door close behind him. Now he follows to the back of the house where he meets Mrs. S.
A very strong lightning, followed by a great thunder scares Mrs. S. and she turns, facing that figure. She moves slowly to the back and tries to scream, but the figure leads his finger to the mouth, showing her that she must stay on silence. Her eyes are wide open of so scared she is. She can’t see the face of that figure, and this is what scares her the most. The she begins to cry of fear, and takes the hands to the mouth, as if to hide the sound.
- My God… help me…
Now she hears a sound coming from that figure. The only sound he left to be heard. A so grave voice that made the legs of Mrs. S. to shake of so many fear.
- That’s why I’m here… to help…
Then the figure raises his head and shows his face for her, going in her direction, which screams in despair. She can see the enormous black wings opening rapidly. But a lightning very strong, followed by another thunder, brightens in an impossible way and she can’t see that figure anymore. And she saw nothing anymore, for the rest of her life.
Seguidores - Capítulo I - Parte 2 ***Followers - Chapter I - Part 2***
Nossos próprios olhos podem nos cegar às vezes. Sem dúvida é o sentido em que mais confiamos. Para quem sempre teve a visão, viver sem ela parece algo impossível. Confiamos tanto no que vemos que mesmo que a visão nos engane nós confiamos nela cegamente. Um paradoxo cruel para nós, reles humanos que não temos poder sobre nada. Ser privado daquilo em que mais confiamos pode nos dar um novo horizonte. Pode nos fazer ver além. Está ai o paradoxo: para enxergar melhor temos que aprender a não usar a visão. Mas nem sempre isso é possível. Os olhos são grandes enganadores...
Our own eyes can blind ourselves sometimes. No doubt that this is the sense we trust the most. For those who always had the vision, to live without it seems to be impossible. We trust so much in our vision that even if it lies to ourselves we believe in it blindly. A cruel paradox for us, single humans, that haven’t power over nothing. We got to lose the thing we most trust so it can bring us a new horizon, and make us to see beyond. And there lies the paradox: to see better we got to learn not using our vision. But this is not always possible. The eyes are great liars…
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Seguidores - Capítulo I - Parte 1 ***Followers - Chapter I - Part I***
Eles estão por toda parte. Malfeitores trajados de bons samaritanos. Forjam a realidade e mostram-se bondosos, cheios de pudores e de vontade de fazer o bem. Facínoras! Não se contentam em ver o mal dos outros. Gostam de pisa-los e acharem que o que fazem é a coisa certa. O mais imundo é que eles têm a certeza de estarem corretos. Covardes! Ainda se eles tivessem a coragem de assumir o que são. Mas não! Mentem o tempo inteiro. Até mesmo para si. Imundos!
Alguns seguidores passam a vida inteira sem se dar conta do que realmente são. Isso não os redime do mal que causam a tantos. A Sra. S., a quem prefiro me referir desta maneira, uma vez que o nome será irrelevante, era uma seguidora. Gritos ecoavam até as casas dos vizinhos. Seus gritos ensandecidos podiam ser escutados todos os dias, a qualquer hora. Suas risadas de felicidade eram um som rasgado de sarcasmo, muito mais do que alegria em si.
Meu senhor! Glória!
A Sra. S. adorava passar o final da tarde em frente à sua residência observando o que as pessoas faziam, o que falavam e até mesmo imaginar os segredos de cada um dos que ali passavam. Uns talvez fossem ladrões, outras, mulheres infiéis. Sua língua era afiada, e apenas os mais chegados conheciam sua opinião. Seus dois filhos, crias perfeitas treinadas para serem seguidores assim como a mãe. Um homem vivia com ela, mas não era o seu marido. Uma viúva que não queria perder a pensão do marido, então resolveu que Deus, o todo poderoso e tão bondoso Deus, perdoaria aquele ato tão pequeno. Afinal de contas não há nada de errado em mentir e fingir para se apoderar de riqueza, certo? Imunda! Os vizinhos a achavam perfeita. Não fazia mal a ninguém e ainda desejava o bem para todos. Pelo menos era o que todos ouviam.
Naquele entardecer a Sra.S. não pôde fazer seu exercício diário de “colher” informações acerca da vida de outrem. A chuva que começara a cair no final daquele dia a impossibilitou de faze-lo. Mas ela não deixou de seguir as tradições. O som das músicas cantaroladas por ela em voz muito mais alta do que a própria música ecoava pelas casas dos vizinhos mais próximos. A chuva não cedeu um minuto sequer durante aquela noite.
Glória! Glória! Aleluia!
O som destes gritos misturava-se aos da chuva numa melodia com um som chiado. A chuva era tão forte que preocupava muitos ali no bairro. Trovoadas começaram a ecoar com o avançar da noite. Relâmpagos iluminavam tão forte como o sol ilumina o dia. Todos na casa da Sra. S. já dormiam e ela fazia serviços domésticos nos fundos da casa. Ela podia olhar para o céu, carregado de nuvens, enquanto fazia os seus serviços. Já era madrugada e não havia ninguém pelas ruas.
Um raio cai, oriundo de nuvens carregadas. No entanto ele não segue em direção ao pára-raios que existe no bairro. O raio incomum cai bem no meio da rua 13. Asas negras brotam da nuvem de fumaça causada pela queda do raio. A fumaça toma forma lentamente. As asas recolhem-se até sumirem dentro daquela nuvem de fumaça que toma a forma de um homem. Longos cabelos negros lhe caem sobre os ombros e ele mantém o rosto abaixado. Qualquer um que o olhasse jamais iria conseguir ver o seu rosto. Apenas via-se os longos cabelos caídos por sobre o rosto e os ombros. Aquela figura põe-se a andar pela rua, mas antes ele abre suas mãos como se tentasse sentir a chuva lhe tocar a pele. Ele olha ao seu redor e depois olha fixamente para frente. A rua de número treze é o seu caminho. Ele caminha lentamente em direção à outra extremidade da rua. A figura traja roupas negras e tem a pele muito pálida. Seu ritmo de andar é desconcertante. Ele não altera a velocidade nem a forma de andar. Anda lentamente, com passos firmes e bem elaborados. Parece uma marcha muito bem treinada para ser realizada de forma impecável.
They are everywhere. Maleficent ones wearing the skin of a good Samaritan. Mislead the reality and show themselves as nice peoples, full of shame and with a great will of making the good. Malefactors! They are not satisfied only in watching the bad happening to others. They got to despise them and think that are doing the right thing. The worst is that they are sure they’re right. Cowards! If they had courage to assume what they are. But no! They lie all the time. Even to themselves. Filthies!
Some followers pass all their lives without to know what they are. This fact doesn’t redeem them from the evil they cause for so many. Mrs S., who I prefer to call this way, once the name is irrelevant, used to be a follower. Screams echoed until the houses of the neighbors. Her crazy screams could be heard every day, at any time. Her laughs of happiness were a sound of sarcasm, much more than happiness itself.
Oh Lord! Glory!
Mrs. S. loved to pass the ending of the afternoon in front of her residence, observing what the people were doing, what they were talking about and even to imagine the secrets of every people that passed through there. Some maybe were thieves, others infidel women’s. Her tongue was sharp, and only the closest ones could know her real opinion. Her two sons, perfect spawns trained to be followers just like their mother. A man lived with her, but he was not her husband. She was a widow that was not interested in losing the pension left by her dead husband. So, she decided that God, the all powerful a so kindhearted God would forgive her for a so small lie like that. Anyway, there is nothing wrong in lying and faking to take some money, right? Filthy!
The neighbors used to think that she was perfect! Harmless to everyone and even used to wish good things to everyone. At least it was what everyone used to hear from her.
In that afternoon, Mrs. S. was not able to make her “journey work” of “to harvest” info about the life of somebody else. The rain that began to fall in the end of that day made it impossible to be done. The song of the music’s that she was singing in shouts echoed through the house of the neighbors. The rain didn’t stop even for a minute during all that night.
Glory! Glory! Alleluia!
The song of these shouts mixed with the song of the rain, in a shrill sound. The rain was so strong that some peoples in the district began to be worried. Thunder-claps began to be heard as if the whole sky were falling. Lightning’s as bright as the sun could be seen. Everyone in the house of Mrs. S. was already sleeping and she was doing some domestic works in the back of the house. She could see the sky from there, and it was cloudy. It was already at down and no one was in the streets at that time.
A lightning falls, derived from dark clouds. But it does not follow to the lightning rod that exists in the district. The unusual lightning falls right in the center of the 13th street. Black wings grow from the smoke cloud created by the falling of the lightning. The smoke takes shape slowly. The wings retreats until disappear inside that smoke cloud that takes the shape of a man. A long black hair falls above his shoulders and he keeps his face down. Anyone who looked to him would never be able to see his face. It was visible only his long black hair fallen above his face and shoulders. That figure begins to walk by the street, but before it, he opens his hands as if trying to feel the rain touching his skin. He looks around and then fixes his eyes ahead. The 13th street is his way. He walks slowly to the north of the street. That figure wears dark clothes and has a very pallid skin. His walking rhythm is disturbing. He doesn’t change the speed neither the way he walks. Walks slowly, with firm footsteps and it looks quite smart. It looks like a march very well trained to be made in a perfect way.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Seguidores - A Série ***Followers - The Series***
Um ótima leitura e um grande abraço a todos que desejarem acompanhar esta série!
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From November on, will be posted periodically texts of the series named "Seguidores" (Followers, translated to the english). Based on a tale that brings the same name, writen by Rafael de Araújo, the story reports the footsteps of obscure beings that appear periodically with the intention of punishing those who "disparage" from the "path". Their names and origin are completely unknown, but in the course of the series everything will be revealed and we will see that nothing that exists is new. Everything is just a repetition of the past!
Good reading to everyone and to a all those who follow the series: You will be hold in high regards!
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Século Sangrento ***Bloody Century***
Trecho do livro "Século Sangrento, de Rafael de Araújo.
I am a danmed by myself. I am an aberration created by myself. The only thing that could make me change is already gone from my body and mind there are centuries. The only thing that still remains is the hate for the life.... And for death... If there is death for me. If death is the final resting, than I am danmed for never to rest from my torment."
Passage from the book "Bloody Century", by Rafael de Araújo
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
O tempo funde-se...***The time interfuses...***
Trecho do conto "Através do Tempo", de Rafael de Araújo.
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"...Then that dark knight without face takes something in his hands. Is something that looks like a whip, but is not exactly one. At least not only a whip. What he holds in his hands have will of its own. That thing moves even if the dark knight doesn't move his hands. What he have in the hands moves as a serpent."
Passage of the tale "Através do Tempo" (no translation to english until now), by Rafael de Araújo.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Para quem gosta de Anjos... Sombrios... ***For those who likes Angels... Dark Angels...***
Encontre neste blog histórias de anjos, caídos ou não, sussurradas por eles próprios. É uma leitura imperdível para quem gosta do tema. As histórias (sussurros) são muito bem elaborados. Vale a pena conferir!
(http://asasnegrastyr.blogspot.com/)
Boa leitura!
(http://asasnegrastyr.blogspot.com/)
Good reading!
Unfortunetely there is no translation to english.
Seguidores ***Followers***
Trecho do conto "Seguidores", de Rafael de Araújo.
A lightning falls, derived from dark clouds. But it does not follow to the lightning rod that exists in the district. The unusual lightning falls right in the center of the 13th street. Black wings grow from the smoke cloud created by the falling of the lightning. The smoke takes shape slowly. The wings retreats until disappear inside that smoke cloud that takes the shape of a man. A long black hair falls above his shoulders and he keeps his face down. Anyone who looked to him would never be able to see his face. It was visible only his long black hair fallen above his face and shoulders. That figure begins to walk by the street, but before it he opens his hands as if trying to feel the rain touching his skin. He looks around and then fix his eyes ahead. The 13th street is his way..."
Passage from the tale "Followers", by Rafael de Araújo.
Concursos e Prêmios Literários
Uma ótima fonte de dados acerca de Concursos e Prêmios literário de diversos gêneros é o site http://www.concursosliterarios.com.br/, onde encontramos várias informações sobre concursos e prêmios literários, destinados à obras escritas em língua portuguesa. O site é de propriedade do Grupo Editorial Scortecci, que já existe há 26 anos. A intenção da editora é estimular o hábito da leitura. O site traz ainda alguns links para quem quer contratar serviços gráficos para a publicação de livros e afins.
Bom proveito!
A great source of info about literary competitions and prizes from various kinds is the site http://www.concursosliterarios.com.br/, where we can find info about literary competitions and prizes, destined to works in various languages. The site belongs to the Grupo Editorial Scortecci, that have 26 years of existence. The intention of the site is to estimulate the habit of reading. The site brings also some links for those who wants to contract printing services for publishing books and others.
Enjoy it!
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Série UNIVERSO PAULISTANO
Boa sorte a todos os participantes!
The Andros Editora is promoting a series composed of three books, to homage the city of São Paulo because of its 455 anos. The books will be published on the kinds: Tales, Chronicles and Poems and shall have as theme the city of São Paulo. Once again this publishing house is receiving texts no selection, that will be published in one of the three kinds mentioned above. Is the Andross Editora, once again, promoting a great chance to new authors. The texts shall be sent until November 15, 2008. More info on the site of Andross (http://www.andross.com.br/)
Good luck to all participants!
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Réquiem para o Natal
In The Dark
Iniciamos aqui o In The Dark, onde encontraremos os caminhos para o obscuro. Aqui inicia-se um caminho sombrio, onde encontraremos contos que irão refletir sobre os mais obscuros acontecimentos que podem assolar nossas mentes e almas. O Blog destina-se à interação entre escritores iniciantes que gostaríam de se relacionarem, para que haja uma ajuda mútua para que enfrentem o árduo caminho até a publicação.
We begin here the In The Dark, where we will find the paths to the dark. Here begins a dark path, where we will can find tales that will find tales that will disclose the darkest incidents that can overrun our minds and souls. The Blog is meant for interact begginer writers that wants to connect to others in the same way, so they will can help each other to face the hard way until the publication.