Postagens em Inglês ***Posts in English***

A maioria das postagens do blog serão disponibilizadas também em inglês para que pessoas de qualquer lugar possam acessar o conteúdo. Os títulos serão acompanhados do título em inglês entre três asteriscos (*** ***). As postagens terão suas versões em inglês em itálico e de cor vermelha. Dá um trabalho enorme, mas é o preço do mundo globalizado!

Um abraço a todos.

Rafael de Araújo

********************************************

Biggest part of the posts in the blog will be pubished in english, to peoples of any place can read the content too. The title will be posted in english too, between three asterisks (*** ***). The posts in english will be in italic letter and in red color, as in here. It gives me a lot o work, but is the prize of globalization.

Best of regards to everyone.

Rafael de Araújo

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Seguidores - Capítulo III - Parte 1 ***Followers - Chapter III - Part 1***

Capítulo III - Parte 1

A chuva é torrencial, e não cede o dia inteiro. As luzes coloridas do centro da grande cidade não esmorecem nem mesmo com a chuva. Passam das onze da noite nesta sexta-feira e as boates ao redor do centro de Tókio estão repletas de diversão. Os jovens, muitos encorajados pelo êxtase, droga muito comum, atacam as garotas sem rodeios. Algumas, que usam a mesma substância, cedem imediatamente. Outras, que não fazem o mesmo, chegam a ser agredidas pelo seleto grupo de homens. Apenas três, mas o suficiente para já ter feito confusão em outras três boates, apenas esta noite. Após uma bela confusão, eles seguem para a quinta, e última, boate da noite. O nome da boate: Oyasuminasai.


Chapter III - Part 1

The pouring rain don't yeld. The coloured lights of the big city's center doesn't fail even with all the rain. It passes from eleven in that friday and the night clubs around Tokyo's center are ful of fun. The youngs, much of then encouraged by extasy, a commom drug, atack the girl indiscretly. Some of the girls, who uses the same drugs, submit imediately. Others, that don't do the same, suffer agressions from the small group of men. They are only three, but enough to create troubles in other three night clubs, in the same night. After a great trouble because of the agressions, they follow to the fifth, and last, night club. The name of the night club: Oyasuminasai.

Sinceras desculpas!

Oi pessoal. Peço-lhes desculpas, sinceras é claro, pela ausência. Acontece que quase todos os sites estavam bloqueados na empresa onde trabalho por motivos meio óbvios. Mas agora parece-me que tudo voltou ao normal. Nos finais de semana, mal tenho tempo pra fazer tudo o que preciso, por isso raramente acesso a net. Mas estou providenciando a solução deste problema o mais rápido possível. Por isso, continuarei a postagem da série Seguidores. Mais uma vez minha sinceras desculpas. Um abraço a todos e boa leitura!!!

Rafael de Araújo

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

"Contradição: um pouco de mim, um pouco de ti, um pouco de nós."

Nós, seres humanos, sempre nos pegamos pensando naquilo que nos é mais importante: Família? Trabalho? Diversão? Realizações materiais? O quê?
A humanidade passará o resto de sua existência pensando sobre isso e chegará numa resposta única, ecoando em uníssono pelos corações e mentes atormentadas: "Tudo!".
No entanto "Tudo!" é uma resposta inacreditavelmente óbvia. Jamais poderemos ter plenamente tudo o que desejamos, ou que consideramos importante. Se alguém me pergunta hoje o que é mais importante na minha vida, respondo sem hesitar: "Minha família!". Mais precisamente minha esposa e filhos. Penso neles o tempo inteiro, como uma idéia redundante, que não me deixa por um só momento. Mas é da idéia fixa neles que vem o medo, puramente humano, de não poder dá-los aquilo de que precisam. Infelizmente, nós, seres humanos, só temos certeza de que as coisas estão bem quando podemos senti-las. Quando elas são palpáveis! Estar presente na vida daqueles que mais amamos, suprindo-os de amor, compreensão, amizade, atenção, e tudo o mais de melhor que podemos dar nunca nos mostrará o quanto isso é importante, mesmo sabendo-o. Queremos estar presentes, dar atenção, amor, carinho. Mas, ver que eles têm tudo aquilo de que precisam como estudar em uma boa escola, ter um bom carro, ver sua esposa ter aquela jóia que desejava, ou mesmo levar seus filhos à Disney é algo muito mais palpável. O coração humano vive em contradição.
Dar tudo o que desejamos, da forma como o desejamos é humanamente impossível. Pelo menos no mundo em que vivemos nos dias de hoje. A contradição mora em nossas almas, e nos corrói completamente se não soubermos lidar com ela. A contradição é cruel, e a cada vez que me vejo longe daqueles que amo, eu me sinto vazio. O trabalho e as realizações profissionais e pessoais não têm mais valor algum. Tudo fica sem cor e sem brilho, pois longe daqueles a quem amamos nada, absolutamente nada, tem sentido!
"Contradição". Essa palavra arrasa nossos corações quando percebemos que ela nos está corroendo. Tenho sentido-a como se sente a uma dor insuportável. O mal dos humanos. O mais grave deles!, ouso dizer.
Nada na vida de um ser humano é mais doloroso do que falhar! E lutamos inutilmente contra isso. Alguns poucos afortunados o conseguem, mas cite-me algum, porque eu não os conheço. Sei que existem, porque a vida seria insuportável sem que houvesse uma mínima chance de vencer a contradição. No entanto essa é uma fórmula revelada apenas a alguns raríssimos afortunados. Iremos nos arrepender, sim! Não importa as decisões que o ser humano tome. Tudo se resume ao simples fato de que cada destino que escolhermos significa abrir mão de outro que poderíamos ter trilhado. Obviamente, para cada decisão colocamos o coração à frente, porque ele sabe o que pode suportar, pensamos. Em Ciências Econômicas esse fato é conhecido como "Custo de Oportunidade", e nada mais é do que aquilo que deixamos de lado quando fazemos nossas escolhas.
A contradição se revela em cada um de nós. No momento do último suspiro de cada um, pensamos apenas duas coisas:
1 - Para aquele que escolheu suprir a família das coisas materiais: "Falhei, pois deveria ter ficado mais tempo com aqueles que amo. Tive tudo, mas não tive nada”

O trabalho nos consome, e na hora que tudo vai acabar temos a certeza de que erramos, porque nesse plano nossos corpos podem deixar de existir, mas o amor que semeamos na nossa família será eterno. Essa é uma verdade incontestável!
2 - Para aqueles que têm a família acima de qualquer coisa material: "Nunca fui ninguém na vida! Vou morrer e sequer serei lembrado. Não sou ninguém!"
Não importa o que façamos tudo é esquecido quando um homem sabe que não passou de um homem como qualquer outro. O amor foi importante, mas nos sentimos fracassados. O mundo girou, e nós ficamos para trás. Giramos com o mundo, mas não fizemos nada para o mundo girar. Pensamos. O amor que semeamos no seio da família é incontestavelmente infinito e eterno, mas o fracasso como ser humano também nos parecerá eterno. Essa é outra verdade incontestável!
Enfim o homem não consegue ser plenamente feliz. Não sabe realmente o que lhe faz feliz. Pensa que é um caminho, mas sente falta do outro. Decide-se pelo outro, mas sempre sentindo falta do um. As respostas estão além daquilo que posso compreender, mas estou a lutar dia e noite contra a contradição. Sinto-a às vezes mais forte do que eu, mas às vezes sinto as energias renovadas e estou mais forte que ela. No entanto, mesmo quando me sinto plenamente satisfeito e decidido, lembro-me que, lá no fundo da minha alma, algo está faltando. Que minhas certezas são incertezas, e que minhas incertezas são sempre certas e presentes. O coração sofre, incapaz de tomar um rumo, pois qualquer de suas decisões implicará em sofrimento. Qual dos sofrimentos será o menor: o de se decidir por um caminho, ou pelo outro. Meu coração parece olhar-me fixamente clamando por uma resposta. Eu olho-o de volta, esperando que ele me responda, mas ele está tão confuso quanto minha mente. É como andar no escuro, incapaz até mesmo de ouvir. Uma luz seria bem vinda, mas de onde ela poderia surgir... de onde..."



"Contradição: um pouco de mim, um pouco de ti, um pouco de nós."
Rafael de Araújo

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Seguidores - Capítulo II - Parte 7 ***Followers - Chapter II - Part 7***

Capítulo II - Parte 7

A mulher acorda ainda um pouco tonta devido à pancada que levara. O dia já está amanhecendo e ela vê que Orlando está sentado no banco da frente. Ela treme de medo, mas logo percebe que algo está errado. Ela abre a porta do carro rapidamente e sai correndo. Ela corre para longe do carro, mas percebe que Orlando sequer se mexe. Ela volta lentamente para perto do carro e vai seguindo pra frente do carro. Ao chegar lá ela leva as mãos à boca e deixa apenas um grunhido de horror escapar. Logo depois ela tenta andar e cai, desmaiada. No peito de Orlando existem apenas dois enormes buracos, um em cada lado. Sua boca está aberta, como se ainda gritasse.


*** FIM DO CAPÍTULO II ***
***
Chapter II – Part 7

The woman wake up and her head turns because of the hit she took. She sees that the morning is already coming and that Orlando is sitting in the car, on the front. She shakes of fear, but realizes that something is very wrong there. She opens the door very fast and run away from the car. She runs as fast as she can, but she realizes that Orlando don’t even moves. She go back in the direction of the car, slowly. She goes to the front of the car. When she get there she leads the hands to the mouth and let only a little grunting of horror to escape. She tries to run… to walk… but her legs don’t answer and she falls in the ground, dismayed.
On the chest of Orlando there are two huge holes, one in each side of his chest. His mouth is opened, as if he were still screaming.
*** END OF CHAPTER II ***

Olhando nosso Brasil ***Looking to our Brazil***

Hoje pela manhã lembrei-me de uma música, escrita por Vinícius de Moraes e interpretada por Ney Matogrosso (um dos maiores intérpretes de nossa música). Esta música lembra-nos de um fato vergonhoso de nossa história. A música: Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada


Vinícius de Moraes morreu no ano em que nasci. E acredito que se estivesse vivo hoje, se veria obrigado a reescrever a letra desta música, para retratar nosso país. País que ajudamos a “construir”. Nós, cidadãos omissos e acomodados. A música seria: “Rosa Brasileira”, e a letra:

Pensem nos adultos
Mudos telepáticos
Pensem nas meninas
Sujas abusadas
Pensem nas mulheres
Vítimas caladas
Pensem nas feridas
Como rosas ordinárias
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa brasileira
Não hereditária
A rosa hipócrita
Estúpida e fraca
A rosa adoentada
A anti-rosa tácita
Sem força sem garra
Sem rosa sem nada



Espero que Vinícius de Moraes não esteja contemplando o que fazemos ao nosso país de onde ele estiver. Pois, seus contemporâneos vivos, perante tal fraca sociedade, veêm-se sem força... sem rosa... sem nada.


Rafael de Araújo

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Seguidores - Capítulo II - Parte 6 ***Followers - Chapter II - Part 6***

Capítulo II - Parte 6

A voz sussurrada por aquela figura parece penetrar a cabeça de Orlando e ele solta um grito de terror. Ele atira todas as balas que a arma possui, mas a figura continua imóvel. Então ele fecha o vidro rapidamente, mas a voz daquela figura sinistra continua a ecoar na sua mente.

- É chegada a hora...

Um sussurro sombrio é a voz daquela figura ali ao lado do carro. Orlando não vê seu rosto e isso o leva ao desespero. Então ele vê que algo “brota” das costas daquela figura. Asas negras se projetam das costas daquele ser sinistro e Orlando vai para o banco do outro lado do carro. Ele pode ver as mãos daquele ser quando ele as coloca no vidro carro, lentamente. Unhas negras e dedos muito longos aterrorizam Orlando. Então ele escuta uma leve batida no vidro do carro do lado onde ele está agora. Ele vira-se e dá de cara com aquela figura sinistra, que agora está do outro lado do carro, com o corpo levemente inclinado pra frente de forma que mostra seu rosto. Um rosto que seria belo se não fosse pelo fato de os olhos serem completamente negros, dando a impressão de que não tem olhos. Orlando solta um grito aterrorizante que pôde ser escutado pelo grupo de góticos que passara por ali há pouco. Mas eles não dão muita atenção. Apenas sorriem um pouco e seguem andando, bebendo e sorrindo.


***
Chapter II – Part 6

The whisper of that figure seems to invade the head of Orlando and he screams a terrifying scream of horror. He shoots all the bullets that are in the gun, but that figure continues standing there, immovable. Then he closes the glass rapidly, but the voice of that strange figure continues to echoes in his head.

- The time has come…

A dark whisper is the voice of that figure. Orlando can’t see his face and this leads him to despair. Then he sees that something grows from the back of that figure. Black wings opens and Orlando jump to the other side of the car. He can see the hands of that figure when he puts them in the glass of the car, slowly. Dark and enormous nails are in the long fingers of his hands and it scares Orlando almost leading him to despair. Then he listen a small hit in the glass behind him. He turns fast and then face that figure that is now in the other side of the car, with his face in the glass. A face that would be beautiful, if the eyes don’t be completely black, looking as if there were not eyes in his face. Orlando screams loud a terrifying scream that was heard by the group of gothic’s long ahead. But they don’t give attention to that. They only smile a little and continue walking, drinking and laughing.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Seguidores - Capítulo II - Parte 5 ***Followers - Chapter II - Part 5***

Capítulo II - Parte 5

Orlando toma um enorme susto quando vê que um grupo de aproximadamente dez pessoas se aproxima, com enorme algazarra. Ele então puxa a mulher e a coloca no carro novamente, dessa vez no banco de trás. Ela olha desesperadamente para o grupo, na esperança de que eles a vejam. Mas Orlando acerta sua cabeça com a arma e ela desmaia.
O grupo se aproxima cada vez mais e ele se apressa em ligar o carro e sair dali. Ele tenta várias vezes, mas o carro não liga de jeito nenhum. Ele tenta acordar a mulher para saber se existe algum segredo, mas ela não acorda. Ele então olha para o grupo, que agora está a menos de dez metros dali e percebe que todos se vestem de preto. É um grupo de góticos e isso o deixa mais tranqüilo. Góticos não se preocupariam em saber sobre aquele homem ali parado. Bastava que ele ficasse dentro do carro. E é isso que ele faz. O grupo passa do outro lado da pista, com uma garrafa de vinho nas mãos de um deles, que era dividida com todos os membros do grupo. Eles falam alto e estão se divertindo ao seu modo. Orlando acompanha o grupo com os olhos, um pouco nervoso e com a arma pronta para ser disparada em uma das mãos. O grupo vai se afastando lentamente, e Orlando está com os olhos fixos neles. Ele olha pra frente e não percebe a figura que está do outro lado da rua. Ele se assusta e aponta a arma para aquela figura.
Orlando não consegue ver seu rosto, porque a figura tem longos cabelos dourados que são quase completamente brancos de tão claros, que lhe encobrem o rosto. Orlando abaixa o vidro da janela lentamente.

- Quem é você?

Não há resposta. A figura do outro lado da estrada está imóvel, com a cabeça ligeiramente abaixada. Mas Orlando tem a sensação de que aquela figura o observa por detrás daqueles cabelos dourados. Então ele atira duas vezes contra aquela figura. Durante os dois tiros ele pisca os olhos por causa do impacto do disparo. É tempo suficiente para aquela figura que estava do outro lado da estrada se postar ao seu lado, do lado de fora do carro.


- É chegada a hora...


***
Chapter II – Part 5

Orlando gets scared when see a group of around ten peoples approaching making a great noise. The he push the woman back to the car, this time in the back side. She looks desperately to the group, hoping then to see her. Bur Orlando hits her head with the gun and she dismay.
The group approaches slowly and he hurry in turning on the car and leave. He tries many times, but it is useless. The car is completely “dead”. He tries to awake the woman to know if there is any secret to turn the car on, but she continues dismayed. Then he looks to the group, that is less than ten meters from the car and he sees that everybody there wears black clothes. He realizes they are a group of gothic’s and this makes him to calm down. A group of gothic’s wouldn’t care about what he was doing there at that time of down. He just needed to stay inside the car. And this is what he do. The group passes in the other side of the road, one of them have a wine bottle in the hand that was shared with everybody in the group. They were speaking loud and having fun in their way. Orlando watches the group with his eyes, a little nervous with the gun ready to shoot anyone who dared to approach. But the group goes away slowly and Orlando keeps the eyes fixed on them. He looks ahead and don’t see a weird figure in the other side of the road. When he sees he gets awfully frightened when he sees that figure. Then he points the gun to that figure.
Orlando cannot see the face of that figure that looks like a man. That man haves a long golden hair so clear that is almost completely white and covers his face. Orlando low the glass of the car’s window slowly.

- Who are you?

There is no answer. The figure in the other side of the road is immovable and with the head down. But Orlando had a feeling that the man could watch him from the back of that hair. The Orlando shoots twice against the man. During the shots he blinks and the time during the blink was enough to that weird man to be right by his side, in the outside of the car.

- The time has come…

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

"Ô Mano" - Reflexão sobre a postagem do Blog da Jana, por Jana Lauxen! ***"Ô Bro" - A reflection about the post on Blog da Jana, by Jana Lauxen!***

Um dia passei fome! Pois é... não fome de chegar à inanição. Mas transmitia-se o Domingão do Faustão, numa tarde de domingo. Eu, no meu quarto junto com minha irmã, olhávamos um para o outro, na esperança de que o outro não sentisse o mesmo. Isso, talvez, diminuísse a fome. Mas de nada adiantava! A fome estava lá. Saíamos do quarto, com olhos opacos, em direção à cozinha... Nada! Passamos por isso algum tempo. Não mostrávamos isso à nossa mãe, claro. Ela não deveria ser culpada pela fome que sentíamos. Tínhamos essa obrigação. Não me arrependo.

Vinte anos se passaram desde então. Tenho um carro, moro em um apartamento em um bairro nobre de Olinda em Pernambuco. Trabalho em uma empresa enorme e tenho um salário que seria necessário multiplicar o que meu pai ganhava de aposentadoria, quando vivo, por pelo menos seis vezes! Muito bom não? É, mas os vinte anos que separaram a fome da mesa farta que posso ter foram longos...

Meus filhos não passarão pelo que passei, se assim o desejarem. Trabalho e penso neles à cada instante. Boa educação eles terão. Eu não tive! Incentivo eles terão. Eu não tive! No entanto, digo-lhes que isso jamais será o suficiente! Conheço infelizes que tem tudo o que querem, mas não aproveitam nada! Ou estão presos, ou mortos, ou em alguma clínica para drogados!

Trabalhei e estudei como um condenado que sobe com pesos maiores que sua força por uma longa ladeira, em direção ao topo. Doeu sim! Minha filha? Não pude aproveitar seu primeiro ano de vida como desejei. Via-a à noite, quando chegava da faculdade... dormindo. Quando saía pela manhã e ela estava acordada... viva! Ficava feliz da vida. Mas tinha logo que partir, olhando seu primeiro sorriso para mim, com olhos rasos d'água. Enfrentava logo então um chefe que, puta que o pariu! Precisei passar sete anos, ganhar uma bela cirrose e uma quase Síndrome do Pânico, pra poder chutar o pau da barraca, e seguir meu destino. Sábia decisão a minha. Bem, a faculdade terminou, fiquei seis meses desempregado, mas trabalhando e estudando, Deus sabe como! Um dia vi minha filha ficar sem leite pra comer... Olhos rasos d'água mais uma vez. O sentimento de ter sido derrotado pela vida... pelas dificuldades. Força! Claro, seu filho da puta! Força! Levante-se daí e vá trabalhar mais ainda! O que você faz é pouco! Vamos, estude! Chore! Trabalhe! E tudo isso passou...

Aí hoje li o blog da Jana (http://janalauxen.blogspot.com/). Uma postagem com o título "Ô Mano", incendiou essa chama que há muito se apagara em mim. Tudo pelo que passei, porque tive coragem o suficiente, assim como muitos de nós não foi em vão. Agora vêm aqui, na porta do meu carro um garoto, jovem, saudável dizendo-me: Ô tio, me dá um trocado aí pra alimentar a família...
Eu escuto aquilo e digo que não tenho, mas ele insiste. Não tem emprego; não teve oportunidades; vive na favela; não tem um dedo; é filho de gente pobre; o governo não ajuda....
MAS VÃO TOMAR NO OLHO DO SEU C.........................................., PORRA!

Hoje vejo gente sofrendo, porque teve uma vida inteira como foi a minha um dia e de repente, BUM! Vem uma chuva da casa do cacete! E tudo se vai, embaixo da lama de uma merda de uma encosta que caiu. Aí sim, meu amigo, eu te ajudo. Partilho o que tenho! E ainda assim, eles trabalham duro para ajudar outras pessoas! Pessoas que também trabalharam como nós! Pessoas que estudam e perdem a oportunidade de ficar com os filhos, entregando-os à educação de terceiros. Somos guerreiros e não devemos nos curvar à pena que sentimos ao ver um jovem que não teve oportunidades! A oportunidade é criada apenas por nós mesmos! Então:


LEVANTA O RABO DESSE CHÃO SUJO, JOGA FORA ESSA MERDA DESSA GARRAFA DE CACHAÇA, DESSA COLA, PORRA! COMEÇA A VARRER O CHÃO ONDE SENTAS, E TUDO O MAIS É CONSEQUENCIA!


Rafael de Araújo.

Seguidores - Capítulo II - Parte 4 ***Followers - Chapter II - Part 4***

Capítulo II - Parte 4

Foi mais fácil do que Orlando pensava. A mulher estava muito mais ansiosa para encontrar alguém do que ele. Ela lhe falara o nome, mas ele não se importou em escutar. Ao saírem ela o leva até um local onde há vários carros estacionados. Ela aperta o botão do alarme e uma Mercedes pisca as luzes logo à frente. Orlando sorri de alegria. Seus problemas estariam resolvidos em alguns minutos.
A mulher entra no carro, conversando sobre várias coisas. Ele apenas sorri, concordando com toda e qualquer opinião que a mulher tenha. Eles seguem com o carro, passando em frente à prefeitura da cidade pouco depois. Logo mais à frente eles entram à direita em um sinal, andando por uma pista que beira o rio, e os manguezais que o rodeiam. A mulher está radiante, e segue com a intenção de ir à um motel. Ela toma um grande susto quando o homem sorridente ao se lado ordena que ela pare o carro ali mesmo, naquele lugar desértico e muito perigoso.

- Não estou entendendo. – Fala a mulher.

Orlando mostra-lhe então uma pistola prateada e a mulher começa a chorar. Ele ordena que ela se cale e pare o carro. A mulher obedece e para logo à frente. Ele toma a bolsa da mulher das mãos dela e ordena ela a tirar todas as jóias. A mulher chora copiosamente, pedindo pra ele não fazer nada com ela. Ele sorri, um sorriso sarcástico. Ele sente prazer em ver o desespero no rosto daquela mulher. Ela tira rapidamente as jóias com suas mãos trêmulas. Quando ela termina ele pega as chaves do carro e desce, seguindo para a porta do outro lado. Ele abre-a e puxa a mulher com força, fazendo-a cair no meio da estrada. Nenhum carro passa por ali. Ela levanta-se. Ele bate na nela com a arma e ela cai novamente no chão. Então ele aponta a arma para a cabeça da mulher.


***

Chapter II – Part 4

It was easier than Orlando thought. The woman was much more anxious to find someone than him. She told him her name, but he doesn’t cares about hearing that. When they leave the bar she takes him to a place where many cars are parked. She presses the button of the car alarm and a Mercedes bright the lights right ahead. Orlando smiles of happiness. His problems would be probably resolved in some minutes.
The woman enters in the car, talking about a lot of things. He only smiles and agrees with any option she have. They follow, in the car, passing in front of the city hall. A little more ahead they go to the right in a road that haves the river right by side. the woman is flushed with joy and have in her head the intention to go to a motel. She gets awfully frightened when the smiling man by her side orders her to stop the car immediately in that desolated and dangerous place.

- I’m not understanding. – Says the woman.

Then Orlando shows her the silvered gun he had and the woman begins to cry. He orders her to shut up and to stop the car. The woman obey and stops right ahead. He takes her bag and orders her to give him all the jewels she wears. The woman cries copiously, asking him to make no harm for her. He laughs a sarcastic laugh. He feels a great pleasure when he sees the despair in the woman’s face. She gives him, rapidly, all the jewels with the shaking hands. Then he gets the keys of the car and get off going to the other side of the car where the woman is sitting. He open the door and pulls her violently, making her fall in the road. None car passes by there. She stands up and he hit her with the gun. She falls again in the road. Then he points the gun to her head.

Meu Avatar ***My Avatar***

Meu Avatar   ***My Avatar***