Postagens em Inglês ***Posts in English***

A maioria das postagens do blog serão disponibilizadas também em inglês para que pessoas de qualquer lugar possam acessar o conteúdo. Os títulos serão acompanhados do título em inglês entre três asteriscos (*** ***). As postagens terão suas versões em inglês em itálico e de cor vermelha. Dá um trabalho enorme, mas é o preço do mundo globalizado!

Um abraço a todos.

Rafael de Araújo

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Biggest part of the posts in the blog will be pubished in english, to peoples of any place can read the content too. The title will be posted in english too, between three asterisks (*** ***). The posts in english will be in italic letter and in red color, as in here. It gives me a lot o work, but is the prize of globalization.

Best of regards to everyone.

Rafael de Araújo

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O inferno os aguarda...

A luz pisca e em seus olhos se mantêm uma imagem em formato arredondado, que brilha quando a luz se apaga completamente. Os sussurros o chamam e ele segue, sem enxergar nada além da bola de luz que teima em permanecer em sua visão. O medo e os arrepios não o impedem de seguir. Algo segura-o, abraçando-o. Os sussurros são incessantes, e parece-lhe que mais e mais vozes se juntam a cada instante. Logo a luz acende novamente. Os olhos negros o chamam. De alguma forma a imagem não possui cor alguma. Uma imagem acinzentada se move, e sibila em direção a ele. A cauda se move incessantemente no chão, apoiando o abdômen com suas escamas que seriam verdes, mas são cinzas. Aquela expressão seria feminina, não tivesse uma fome tão terrível e eterna. Sua língua sibila, saindo de sua boca. As mãos, que são garras, se movem sem direção certa. A cabeça vira de um lado pro outro e em sua cabeça pequenas serpentes parecem chamá-lo. A luz se vai mais uma vez. Desta vez a escuridão é completa. Algo segura-o pelos braços, envolvendo-o. Aquecendo-o. Em suas pernas uma sensação inimaginável e indescritível sobe lentamente. Garras com unhas tão grandes que atravessariam um corpo humano passam lentamente pelo seu peito. A luz retorna. Franqueja um pouco, mas retorna novamente. Forte e encandescente. A figura ainda está à sua frente, com sua língua bifurcada, e seu rosto demoníaco e angelical ao mesmo tempo. Em seu ouvido algo se move, sibila e sussurra. A temperatura que sai daquela boca escamosa é agradável e entorpece-o. Não tarda e as enormes e firmes unhas cravam em sua carne, infligindo-lhe uma dor lascinante. As pupilas de seus olhos dilatam-se e a saliva lhe falta à boca. Seu grito é interrompido pela mão acinzentada e escamosa. De seu abdômen em vez do sangue vermelho-vivo, um líquido negro escorre, caindo sobre seus pés. O líquido é gelado e com um fedor pútrido. A língua que sibila em seu ouvido crava-se ao seu pescoço e então aquela garra é retirada de sua boca, libertando o mais aterrador grito que ele já ouvira. Seu grito é terrível, assim como a dor. A figura à sua frente parece enlouquecer, movendo-se em todas as direções em uma velocidade tão grande que ele pode vê-la em vários lugares ao mesmo tempo. Logo ele não sabe de onde vem a dor, pois por todo seu corpo ela é absurda. Então a figura à sua frente vêm até ele, tão rápida e maliciosa, que ele se dá conta apenas quando ela chega até ele, cravando seus dentes pontiagudos em seu peito, levando-o quase ao torpor. A língua que sibilava entra em sua carne como uma lâmina afiada. Logo tudo se acaba e ele acorda.
A luz pisca e em seus olhos se mantêm uma imagem em formato arredondado, que brilha quando a luz se apaga completamente. Os sussurros o chamam e ele segue, sem enxergar nada além da bola de luz que teima em permanecer em sua visão. O medo e os arrepios não o impedem de seguir. Algo segura-o, abraçando-o. Os sussurros são incessantes, e parece-lhe que mais e mais vozes se juntam a cada instante. Logo a luz acende novamente. Os olhos negros o chamam... é o ciclo intermitente e eterno dos condenados... o inferno os aguarda...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Lendas Brasileiras

Estava com o Junior no banheiro. Ele me acompanhava. Eu não iria só de maneira alguma. Preferia molhar as calças a ter que ir ao banheiro da escola. Não com a ameaça da Mulher do Algodão. Junior era corajoso e amigo, e nunca me assustara antes. Mas de repente começa a sussurrar, e peço que ele pare. Ele continua os sussurros, e eu não entendo o que ele diz. Logo me dou conta que não é ele. A voz era feminina e dizia: Por que me matou? Só me dei conta quando ouvi o Junior dizer-lhe que não tinha matado ninguém. Sua voz estava embargada e logo um som sinistro chegou aos meus ouvidos. O ar saía com dificuldade pela garganta do garoto. Estava sendo estrangulado! Logo que escutei o baque do corpo dele caindo ao chão, vi uma sombra por baixo da porta do banheiro. Vi duas mãos apoiando-se no chão. Logo uma cabeça, com cabelos longos e negros despenteados, se projetou pela fenda abaixo na porta. Sabe o que mais me assusta hoje? Não é a imagem do garoto caído no chão com a pele de cor arroxeada que teima em ficar em minhas lembranças. É sim a face pálida daquela figura com olhos negros, arregalados, e os algodões que saíam de suas narinas.

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